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ALEXANDRE MEIKEN!

  • Foto do escritor: Lilis | Linhas Livres
    Lilis | Linhas Livres
  • 8 de jan. de 2019
  • 4 min de leitura

Fotos de Pâmela Ramos

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Meu nome é Alexandre Luiz Meiken Monteiro, tenho 24 anos, sou tecnólogo em Logística por formação, e agora, estudante de Jornalismo por amor. Tenho descendência japonesa, espanhola e portuguesa, mas sou de Sorocaba (SP), cidade onde vivo. Eu nasci em 12 de janeiro de 1994, uma data bem cabalística, diga-se de passagem.


Meu bisavô faleceu em 12 de janeiro de 1981; uma prima nasceu nesta data, mas em 1993 e em 1995 nasceu uma amiga que fiz no fim da adolescência. Ah, é também aniversário do cantor Nando Reis, mas essa parte não é tão relevante para mim. Em 1994, parecia ser moda as mães escolherem Matheus como nome dos filhos, e comigo não ia ser diferente.


Durante o período de gestação, minha mãe Vanya já interagia comigo como se mais um Matheus fosse surgir. Eis que no parto, viu meu rostinho e mudou de ideia. “Não tem cara de Matheus”, deve ter pensado. Mudou para Alexandre, um nome que achava mais forte. E o Luiz é uma homenagem a um tio que faleceu em decorrência da AIDS cerca de três meses após o meu nascimento.


Mas eu não estou sozinho nessa. Minhas irmãs, Milena e Fernanda, também têm o nome composto; só mesmo meu irmão André escapou, ele seria André Luiz, igual ao nome de uma instituição de caridade que tem em Sorocaba – que homenageia o espírito mais atuante nas obras do kardecista Francisco Cândido Xavier -, e justamente por esse motivo, o nome composto foi descartado.


A nossa diferença de idade é grande. Varia de 10 a quase 13 anos. Com isso, não estive presente em vários momentos da vida deles. Mas coincidência ou não, tenho um certo fascínio pela década de 80 e 90. Talvez por essa influência fraternal. Para quem adora uma astrologia, aviso que sou de capricórnio e, mapas astrais indicam que, o meu ascendente é em Áries.


O que isso significa? Talvez nada. Já para quem acredita, eu sou uma pessoa super trabalhadora, honesta e confiável; mas também posso ser igualmente mal-humorado, tímido, introvertido, cético e, aparentemente, insensível. Parece assustador, mas é apenas um pré-conceito. Apesar do meu humor peculiar, tento ser uma pessoa acolhedora.


Desde criança sou bastante reservado. Gosto do meu mundinho, de colocar no papel o que fica entalado na garganta. Apesar disso, sempre fiz várias atividades na infância. Já fiz esportes, como basquete e natação, o que me rendeu até alguns prêmios. Também fiz parte do movimento escoteiro, o qual lembro com carinho.


E fiz aulas de teatro, o que me ajudou muito na comunicação em público. São coisas distintas, mas todas elas têm em comum o desafio e a superação. O teatro, por exemplo, foi uma coisa que eu nunca imaginei fazer na vida. Só cogitei depois de uma apresentação de trabalho desastrosa no fim da 7ª série do Ensino Fundamental, quando minha voz não saía e os outros alunos zombavam de mim.


No fim da apresentação a professora deu uma bronca na sala e me deu uma nota 10 na frente de todo mundo simplesmente por enfrentar meu medo. Depois disso coloquei na cabeça que deveria fazer algo para mudar e lá se foram oito anos de dedicação às artes cênicas. Acho que cada atividade foi uma vitória, aliás, a vida pode ser uma sequência de pequenas vitórias que fazem parte do amadurecimento.


Talvez esse monte de atividades distintas tenha despertado lá no fundo o gosto por jornalismo. Todo esse negócio de conhecer como as coisas funcionam e me informar sobre vários assuntos é algo que me encanta. Além da leitura, sempre presente, principalmente na infância e pré-adolescência. Mas antes do Jornalismo entrar de vez na minha vida, passei por vários momentos de debate e indecisão.


A vontade de ser um profissional era desde o Ensino Médio, coincidentemente, na mesma época em que o diploma do jornalista foi considerado um elemento não obrigatório. Naquele tempo eram vários argumentos contra a minha tomada de decisão, como: “ganha pouco e trabalha muito”, “você gosta de escrever, mas pode fazer isso em qualquer profissão. Em uma indústria, por exemplo, vai usar a escrita para fazer relatórios”, “outra profissão em que se lê e escreve bastante e ganha bem pode ser o Direito”.


Somando isso à minha pouca idade, a equação para eu deixar o sonho guardado estava completa. Passei por consultas com uma psicóloga, onde passei por um teste psicológico e outro profissional, para saber se essa área seria para mim e adivinha? Deu inclinação às exatas e biológicas, além de personalidade “indefinida”. Resultado? Passei no vestibular para cursar Ecologia (mesmo tendo pavor de certos bichos) e Logística.


Anos depois, percebi a incoerência. Como pode meu teste vocacional ser tão certeiro e minha personalidade não? As pessoas estão em constante mudança, um teste não pode me dizer o que eu sou ou não. Fui contra a tendência e resolvi me aventurar em uma segunda faculdade, dessa vez, jornalismo, retomando meu antigo desejo.


Parando para pensar no que eu vivi, talvez não tenha sido tão ruim assim adiar essa decisão. Fazer uma segunda graduação é chegar sabendo o que fazer e como deve se comportar. Essa consciência junto com um pouco de sorte me levou ao mercado de trabalho, mais precisamente no telejornalismo, logo no começo do curso. E eu sou muito grato por isso.


Agora ninguém me segura. Agora, fazer parte do Lilis é um novo desafio para mim. E também uma oportunidade de tirar da gaveta minhas memórias e compartilhar com os leitores. Então, convido a todos a entrar no meu mundinho. Espero que gostem!


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Alexandre Meiken


Sorocabano, tem o sangue 50% português, 25% espanhol e 25% japonês, é capricorniano e muito metódico. Gosta de tudo o que remete a lembranças, de ficar na dele e de discos de vinil. Adora desafios e tem garra para terminar tudo o que se propõe a fazer. Detesta falta de compromisso, invasão de privacidade e dramalhão. Tem humor sarcástico, irônico e ácido, mas no fundo é um amorzinho. Topou participar do Lilis para estimular a escrita, descobrir coisas novas e mostrar sua versatilidade textual que pode ir de uma nota factual a uma boa história com pegada literária.


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