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APRENDER para entender!

  • Foto do escritor: Lilis | Linhas Livres
    Lilis | Linhas Livres
  • 9 de abr. de 2020
  • 14 min de leitura

Atualizado: 10 de abr. de 2020

*Esta é a 10ª reportagem da Série Feminismo e traz as terminologias, conceitos e importância das palavras que dão significado ao movimento na contemporaneidade*

Por Miriã Almeida

Imagens Divulgação

Edição Leila Gapy


“Você está sendo chata”

“Desse modo você problematiza tudo”

“Você está perdendo a graça”

“Sem humor”

“Você não ri das piadas”


As frases acima marcaram o início da luta pela igualdade de Isabella Monteiro de Souza, estudante do 4º período do curso de Letras da Universidade Paulista (Unip). São expressões que ela ouviu quando falava sobre, trazia alguma pauta ou dava algum exemplo sobre feminismo. Filha de um ex-militar, que teve uma educação conservadora e que educou os filhos da mesma maneira, o desempenho dela a favor do movimento começou dentro de casa. Essa luta que Isabella cita é que visa propagar o termo feminismo a partir do lar, semelhante à de muitos outros inseridos nesta sociedade contemporânea e retrógada. Nós, seres humanos, estamos ligados à palavra, seja ela escrita ou falada, e as palavras nos remetem a signos, personificações e reações. A palavra é poderosa, mesmo que em alguns casos não seja forte o bastante, não seja ouvida o suficiente, ela está sempre ali, no encalço do ouvido.

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A palavra feminismo é assim, desperta distintas reações e bate de frente com outra palavra: machismo. Ambas possuem o termo “ismo” no final, que segundo a professora do curso de Letras na Unip de Sorocaba, Andrea Luisa dos Santos, provém do grego e é utilizado para formar nomes associados à ação. No sentido etimológico, a professora e doutora Letícia Nunes de Moraes, docente do curso de Licenciatura e História na Universidade de Sorocaba, explica que “quanto ao significado etimológico, a palavra feminismo é derivada de feminino, ou seja, relativo às mulheres”. Segundo o dicionário online Michaelis, feminismo é um “movimento articulado na Europa, no século XIX, com o intuito de conquistar a equiparação dos direitos sociais e políticos de ambos os sexos, por considerar que as mulheres são intrinsecamente iguais aos homens e devem ter acesso irrestrito às mesmas oportunidades destes.

Essa busca está ligada há vários fatores de uma sociedade então pautada pela desigualdade oriunda de séculos passados e que, em alguns casos, permanecem assim até os dias atuais. “O termo surge no século XIX e adquire o sentido que conhecemos hoje, de luta por igualdade de direitos entre mulheres e homens, em reação aos discursos médicos, jurídicos, científicos – produzidos por homens, é bom lembrar – que emergem desde o século XVIII e se afirmam mutuamente para impor (o conceito) a inferioridade das mulheres em termos de capacidade cognitiva (devido entendimento do cérebro menor) e estrutura corpórea (menor e frágil) e, dessa forma, justificar a exclusão das mulheres nos espaços públicos e mantê-las afastadas dos debates políticos e dos bancos escolares, reservando-lhes exclusivamente o espaço doméstico, da casa e da família, pois, segundo os ‘doutores’, a natureza biológica determinava o que significava ‘ser mulher’: esposa e mãe”, explica a doutora Letícia Nunes.


Um exemplo dessas conceitos de inferioridade é expresso no tratado de Pierre Houssel. "O tratado de Pierre Roussel (Do sistema físico e moral da mulher, 1775; 2ª ed., 1783), tornou-se uma referência no discurso sobre a mulher. Esta é representada como o inverso do homem. É identificada por sua sexualidade e seu corpo, enquanto o homem é identificado por seu espírito e energia. O útero define a mulher e determina seu comportamento emocional e moral. Na época pensava-se que o sistema reprodutor feminino era particularmente sensível, e que essa sensibilidade era ainda maior devido à debilidade intelectual. As mulheres tinham músculos menos desenvolvidos e eram sedentárias por opção. A combinação de fraqueza muscular e intelectual, mais sensibilidade emocional fazia delas os seres mais aptos a criar os filhos. Desse modo, o útero definia lugar das mulheres na sociedade como mães. O discurso dos médicos se unia ao discurso dos políticos", explica a pesquisadora.

Já o machismo, ainda de acordo com o dicionário, é classificado, em sua terceira definição, como a “ideologia da supremacia do macho que nega a igualdade de direitos para homens e mulheres”. Letícia Nunes, explica que a palavra em si é derivada de macho, mas ressalta que etimologicamente não se limita apenas aos homens, porque os termos macho/fêmea dizem respeito a qualquer espécie. Porém, seu significado é atrelado aos comportamentos inadequados dos homens. “O significado de macho, portanto, mantém e reproduz a noção de superioridade do masculino e sua relação com o biológico ou natural dos discursos misóginos. Assim, machismo diz respeito a opiniões e comportamentos que negam a igualdade entre homens e mulheres”, afirma.


Juntamente de suas definições e sentidos etimológicos, se faz necessário entender que os termos estão vinculados às experiências da sociedade, conforme explica Letícia Nunes. “Os movimentos, os nomes e as mudanças de significado se dão historicamente, ou seja, na dinâmica das experiências humanas ao longo do tempo. Por isso, por exemplo, que a desconstrução dos discursos que tentam provar a inferioridade feminina pelo aspecto biológico passa pela formulação de contra-discursos. A frase ícone da filósofa Simone de Beauvoir, ‘não se nasce mulher, torna-se’, é sobre isso. É pela cultura, na vivência social e histórica que forja o que deve ser a feminilidade”, emenda. Com o passar dos anos, outro conceito entrou na questão dos movimentos.


“Mais tarde surgiu o conceito de gênero que propõe pensar o feminino e o masculino do ponto de vista cultural e não biológico (sexo) e põe por terra a noção universalizante e hegemônica ‘da’ mulher como branca e burguesa. Aliás, da mesma forma, não se nasce homem. Masculinidade como sinônimo de força e virilidade também é uma construção cultural. Por isso os feminismos são múltiplos e para todos”, conclui a doutora. Os dois movimentos impactam de forma direta na sociedade, como explica a antropóloga Josefina Tranquilin. “O feminismo impacta na estrutura da sociedade, uma vez que é teórico e prático. Ou seja, não somente refletimos e criticamos sobre as nossas subalternidades, mas também, lutamos em todas as brechas do cotidiano para transformarmos este poder do macho, que nos mata, somente por sermos mulheres”.


Enquanto o feminismo impacta de maneira positiva, buscando a igualdade entre gêneros e abrindo espaços para a reflexão, o machismo traz consigo a violência para toda uma sociedade. “O machismo impacta porque esse comportamento dos homens e de muitas mulheres (associadas à estruturação) leva à violência, em todos os níveis, contra a mulher. Os homens estão começando a ver o quanto o patriarcado faz mal a eles também", explica a antropóloga. Do feminismo surge o termo feminista que, de início, no século 19, estava diretamente ligado aos homens acometidos pela tuberculose e que passavam a ter traços diferentes dos considerados comuns e masculinos, tais como cílios longos, pele macia, mamas volumosas. O próprio dicionário Michaelis, em sua segunda definição, apresenta essa ligação: “Presença de caracteres femininos no homem”.


A professora Andrea Luisa explica quando o termo feminista passou a ter um significado com relação ao movimento atual. “O movimento feminista veio à tona entre os séculos 19 e 20, principalmente por meio de movimentos das mulheres com o objetivo de que elas pudessem votar”. Andrea ainda explica que esses movimentos são, geralmente, binários, ou seja, para falar da necessidade de haver uma revolução feminista era necessário encontrar o difusor dessa desigualdade, no caso o machismo. Dois séculos após o movimento ter sido iniciado, a luta continua. O direito ao voto já foi conquistado, mas ele foi apenas um passo. Entre tantas mulheres, o feminismo está presente. Nos olhos, na palavra, no posicionamento, na expressão. Ele está ali.


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Ele está presente de forma intensa na vida Isabella, que já mantém imposta sua posição quanto ao tema e para ela o feminismo é uma luta constante. “O feminismo não é uma revolta das mulheres, mas uma união entre elas para que haja uma emancipação de fato e hoje em dia no contexto atual, o feminismo é justamente isso. São mulheres, principalmente as mulheres da nossa atualidade, que está tendo esse acesso, elas conseguiram entender qual é a raiz do problema e qual é a raiz da sua opressão. Ele é um movimento de igualdade, um movimento de valorização da mulher enquanto pertencente à sociedade”.


Em uma sociedade tecnológica e com ausência de interpretação humana, muitas vezes o termo "feminismo" é visto como apenas um alarido das mulheres e acaba perdendo seu maior sentido, a igualdade. O movimento não busca confusões e superioridade, apenas se busca que todos os seres humanos tenham seus direitos iguais, seja com relação ao trabalho, a segurança, a saúde, aos estudos e principalmente dentro dos lares.


A antropóloga Tranquilin explica de que maneira a sociedade é capaz de transformar o significado do feminismo. "Quanto mais se fecha o sistema político, ou seja, quanto menos democrático é este sistema, mais deturpado o movimento feminista é. Veja o momento em que estamos vivendo. Os grandes críticos do feminismo não têm ideia do que seja este movimento, mas, está lá discorrendo como se fossem doutores em feminismos e, no fundo, só falam ‘asmeiras’”. Um exemplo disso é uma situação recente que Isabella vivenciou. Para ir até o local de nossa entrevista, a estudante optou por chamar um Uber. Entre conversas, o motorista lhe questionou sobre o seu compromisso em pleno domingo. Quando Isabella comentou que participaria de uma entrevista sobre o feminismo, imediatamente houve uma série de perguntas. Para o motorista, o feminismo era “as mulheres no topo e os homens embaixo”. Isabella que já possui uma bagagem de estudos e está envolvida no meio, prontamente explicou que no feminismo se busca apenas igualdade.


A visão que o motorista tinha sobre “mulheres no topo e homens embaixo”, é o chamado femismo, e que, por falta de conhecimento, é confundido com o feminismo, mas que são extremamente diferentes. “Femismo é o contrário de machismo, ou seja, a crença na superioridade das mulheres em relação aos homens, enquanto o feminismo defende a igualdade de direitos entre os gêneros”, explica a doutora Letícia Nunes. Essa propagação de vertentes sobre o movimento, mas que fogem do seu real significado, é um dos males da sociedade atual. Há muitas ‘informações’ inseridas nos meios, mas partes dessas informações não estão abordando com clareza o movimento, não buscaram suas raízes e não são capazes de retratar suas finalidades. É preciso muita dedicação e estudo sobre o assunto para que possa o tratar com o seu devido esmero. Além de situações corriqueiras como a do motorista do aplicativo, Isabela procura sempre se manter ativa na intenção de passar o conhecimento à diante.


"Eu sou filiada a um partido, o PCdoB, e eu faço parte também da juventude desse partido, que é a União da Juventude Socialista. E a partir do momento em que eu entrei para a militância de fato, entendendo as questões sociais como um todo, eu comecei a participar de debates, de atos e ajudas afetivas na vida das pessoas. Não só na militância obviamente, mas em passinhos de formiga, sabe? Conversando com uma vizinha que está passando por algum problema, postando textão no Facebook porque alguém vai ler emalgum momento. Então, são vários momentos que a gente propaga essa ideia", comenta a ativista.

A militância de Isabella está ligada com a construção da luta política por meio de manifestações e greves, nas ruas e nas universidades. Além disso, quando questionada, Isabella reflete de forma orgulhosa que a maior militância de sua vida é a sua escolha profissional. “Ser professora é o maior ato político da minha vida”, garante. Mesmo sendo um movimento que teve início há séculos atrás, o feminismo é descoberto em diferentes tempos na vida de cada pessoa, seja por meio de um acontecimento ou de estudo. Na vida de Neia Mira o feminismo passou a ter significado há pouco mais de dez anos. "Só me dei conta do feminismo em mim quando iniciei o curso de Promotoras Legais Populares, no ano de 2008. Foi no curso que descobri que eu já era feminista e não sabia. Eu já cobrava igualdade na família, tentava ajudar as pessoas. Minha mãe era vítima de violência doméstica e eu sempre entrei no meio para tentar acalmar aquela situação de violência e pedia pra ela ir na justiça porque aquilo não estava certo, mas eu não sabia os caminhos para ajudá-la melhor", relata.


O curso de Promotoras Legais Populares surgiu da iniciativa da União das Mulheres do Município de São Paulo, com o apoio da organização THEMIS - Gênero e Justiça (RS), do Instituto Brasileiro de Advocacia Pública (IBAP), e do Movimento do Ministério Público Democrático (MPD). Tem como princípio desenvolver a consciência sobre os direitos como pessoas e mulheres. Em Sorocaba, o curso é coordenado pelo Instituto Plena Cidadania (Plenu). Conforme começou a entender o feminismo e sua importância na sociedade, Néia sentiu a necessidade de trazer esse conhecimento para as pessoas ao seu redor, mesmo que fosse necessário passar por algumas dificuldades.


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O primeiro enfrentamento tive em casa com meu marido que não concordou com a ideia de eu fazer o curso de PLP. Dizia que lá era lugar de mulher querer ser maior que os homens ou de querer mandar neles, e como eu tinha filhos pequenos, ele tentava usar a fala de muitos, de que a mãe tinha que cuidar dos filhos. Com o tempo ele percebeu o quanto cresci com as informações necessárias. Além dele, tive enfrentamento com meus pais e irmãos. Mas nada me tirou o desejo de fazer a diferença em mim e nas pessoas que por mim passassem”, lembra.


Néia faz questão de aplicar a luta do feminismo com relação aos seus filhos, principalmente sua filha Juliana, para que ela não precise percorrer caminhos tão difíceis sem ter informação, como os Neia percorreu. "Tenho um casal de filhos. Com o menino, que é o mais velho, eu não tinha a visão que tenho hoje e quando a minha filha Juliana nasceu eu estava no inicio do curso. Um bom tempo atrás meu filho tentava implicar com a irmã, falando de posturas exclusivas para meninas, como que menina não podia jogar bola nem soltar pipa, que era feio, que ela por ser menina tinha que ter postura de menina. Eu, claro, disse: ela pode sim e se tiver dificuldade, eu ajudo, meninas podem ser o que elas quiserem. E nem minha filha aceitava o que ele dizia porque já era uma mini-feminista”, orgulha-se em avaliar. Isabela, Néia e Juliana são apenas algumas das mulheres que lutam dia após dia para propagar o movimento feminista, enfrentando barreiras que envolvem o machismo, a falta de conhecimento e a discriminação, mas continuam em frente na busca de uma mudança, mesmo que esta esteja distante.


Para Isabela a jornada para conquistar a igualdade que o feminismo almeja ainda é longa. Quando questionada sobre o futuro do feminismo, é possível notar um expressão de esperança, mesmo com receio. "É difícil imaginar uma emancipação de fato, imaginar de fato nós, como mulheres livres, mas a gente está no caminho de mostrar para as novas gerações aonde pra elas tem que ir e como elas tem que ir, então eu acho que para nós, o nosso futuro é sendo os exemplos para as mudanças que virão. Eu acho que nós somos o caminho para essa emancipação, e não a emancipação de fato. Porque o debate é muito novo, os debates começaram a ser colocados em pauta no Anos 70, 80, então é muito novo, são recentes os estudos a cerca disso.Estamos no caminho de produzir, de gerir esse conhecimento para a próxima geração finalmente parir essa emancipação das mulheres”. Questionada sobre como se vê no feminismo, Isabela reflete por alguns segundos e por fim conclui: “eu me vejo no feminismo, sendo só mais uma mulher que sabe o que acontece comigo e o que acontece com outras. Uma mulher que quer mudar e que quer ajudar”.



Outras terminologias
 
Além das palavras feminismo e machismo, há outras terminologias que surgiram ao longo dos anos e definem ações relacionadas ao movimento, tais como:

Body-shaming: É o termo utilizado para atitudes que fazem outras pessoas sentirem vergonha de seu corpo;
Bropriating: É usado quando um homem se apropria da ideia de uma mulher e ganha todo o crédito por expressa-la;
Empoderamento: Muito utilizado em militância, faz referência à conquista de consciência sobre os direitos sociais e civis que possibilita a aquisição da emancipação individual e também da consciência coletiva necessária para a superação da dependência social e dominação política;
Gaslighting: Essa terminologia está relacionada também ao relacionamento abusivo e define quando uma pessoa tenta inverter a realidade dos fatos, convencendo a vítima de que ela está errada, fazendo-a duvidar da própria sanidade; 
Manterrupting: Utilizado quando um homem interrompe, de maneira constante, a fala de uma mulher;
Mansplaining: Quando um homem explica, sem ser pedido, algo a uma mulher, declarando que ela não entende do assunto e a subestimando; 
Manspreading: Nomeia o ato de quando um passageiro (homem) abre, de maneira excessiva, as pernas ao estar sentado no transporte público, ocupando o espaço do passageiro sentado ao seu lado;
Micromachismo: Esse termo descreve um machismo de baixa intensidade, suave e cotidiano; 
Patriarcado: Define um sistema social no qual há o controle dos homens sobre as mulheres. São eles que ocupam as posições centrais e de poder da sociedade;
Problematização/Problematizar: Define o ato de questionar a sociedade;
Slut-shaming: Movimento opressivo com foco em humilhar mulheres por sua vidas sexuais, utilizando xingamentos como "vadia", "piranha", "puta" e outros. Em alguns casos é usado como se fosse "justificativa" na cultura do estupro, culpabilizando a vítima de um crime;
Sororidade: Representa a irmandade e a solidariedade entre as mulheres, oferecendo uma a outra apoio, confiança e reconhecimento (LL).
 

MAKING OF

Acredito que após uma reportagem todo jornalista ou estudante de jornalismo se torna uma pessoa diferente. Gosto de pensar que nós, todos os seres humanos, estamos sempre em processos de transformação, e o jornalismo é capaz de fazer isso com mais rapidez em nossas vidas. Escrever essa reportagem fez isso comigo, me transformou, agregou mais sensibilidade e conhecimento, e posso dizer que sou uma pessoa diferente depois que a conclui, com um olhar mais delicado para o assunto. Percebi que abordar o feminismo em uma reportagem é libertador, eu diria que é até mesmo, um ato de resistência! Quando nossa equipe se reuniu, pela primeira vez, para que fosse passado a proposta dessa série de reportagens, estremeci, no bom sentido, claro. O feminismo para mim, até o momento, era um movimento do qual eu tinha um leve conhecimento e respeitava, mas nunca tinha estudado a fundo. A minha pauta era sobre as terminologias, tendo como objetivo buscar a origem das palavras feminismo e machismo, buscando entender como essas palavras foram formadas, como os movimentos tiveram esse nome. De início busquei me informar sobre o assunto, partindo das indicações da editora, com artigos, reportagens e filmes. Esse estudo inicial sobre o assunto é de extrema importância para qualquer desdobramento jornalístico e, no meu caso, me ensinou que o feminismo era profundo e mais amplo do que eu imaginava. Uma das minhas dificuldades foi chegar até as professoras. Mesmo que na região haja vários movimentos e personagens feministas, não são muitos os estúdios nos quais eu poderia recorrer. As entrevistas serviram para reafirmar. Personagens como a Isabella e a Néia me tiraram da minha bolha, por meio dos relatos de luta diária, da busca do conhecimento e da paixão por falar do feminismo. As professoras e doutora referenciaram a reportagem e foi gratificador observar feministas inseridas em universidades, levando o conceito também para dentro das salas de aula. Foi por meio da professora Andrea que conheci a Isabella. Após finalizar o texto, com base na devolução inicial, busquei descansar por uns dias e depois reler. Esse processo meu deu uma clareza e antes de entregar, ainda fiz algumas alterações. Mas para mim, a maior alteração ocorreu comigo mesma. Hoje o feminismo realmente faz parte de mim (Por Miriã Almeida).

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*Este é o 10º texto da SÉRIE FEMINISMO

- 1ª matéria: No olho do furacão! (Por Nicole Bonentti);

- 2ª matéria: A criminosa violência psicológica! (Por Leila Gapy);

- 3ª matéria: Amiga: fica esperta! (Por Leila Gapy);

- 4ª matéria: Invisível, mas nem tanto! (Por Pâmela Ramos);

- 5ª matéria: Uma resposta chamada Feminismo! (Por Isabela Dantas);

- 6ª matéria: Elas por todas nós! (Por Isabel Rosado);

- 7º Texto (1º artigo): Às negras: a história por direito! (Por Maria Teresa Ferreira);

- 8º Texto (7ª matéria): Ei, cara: tem lugar para você! (Por Alexandre Meiken);

- 9º Texto (8ª matéria): New men or nothing! (Por Eduardo Lira);

- 10º Texto (9ª matéria): Educação: a via de mão única! (Por Leila Gapy).

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Miriã Almeida


Dona do mundinho azul, lutando todos os dias com seus próprios leões. Ela é da paz e pela paz. Futura jornalista e, quem sabe, administradora também. Corajosa por acreditar no amor e medrosa para filmes de terror. Coragens absurdas, medos ingênuos. Não há nada que a impeça de acreditar, a não ser ela mesma, mas pode ter fé, um dia ela chega lá. Lá? Aonde? Aonde ela quiser chegar.


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