BEM-VINDO!
- Lilis | Linhas Livres
- 6 de jan. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 17 de jan. de 2019
Por Leila Gapy
Fotos (na ordem) Divulgação e San Paiva | Fotopoesia
Faça o favor, entre. Aconchegue-se. Fique à vontade. Esta casa foi feita com muito carinho, por várias mãos, especialmente para você leitor. Trata-se de um lugar de histórias, memórias, opiniões, causos, prosas e sonhos!

“De nada vale uma boa história se ela não for contada”, dizia um antigo professor da faculdade. Aquele cara sabia das coisas! As histórias estão aí, em todo canto e dentro de nós mesmos. Elas têm vida própria e ganham forma a cada interpretação.
Mas têm a função de documentar lembranças, organizar sentimentos, fomentar a imaginação. Promovem o pensamento reflexivo ou simplesmente entretém. O fato é que fazem parte da concepção social humana. Sem histórias não estaríamos aqui.
Já escrevi muitas delas e acredito que tenho muito a escrever ainda, uma paixão indomável, confesso. Tanto é que cá estou! Mas nenhuma das que escrevi misturou tantos sentimentos quanto esta, a incumbência de dar-lhe boas-vindas.
Pois veja, há três anos optei por ensinar um pouco do pouco que sei – não é falsa modéstia, é noção pura do quanto vasto é o mundo da escrita. E o que aconteceu foi extraordinário. Encontrei pérolas escondidas, por ironia, em mares próximos.
Estavam entre o professorado de escolas públicas e particulares, entre adolescentes da periferia, no meio de universitários das mais diferentes áreas de estudo, entre mulheres oriundas das mais variadas situações sociais, grau de instrução e ramo profissional.
Pessoas que sentiram-se livres para traçar todas as linhas desejadas ao serem incentivadas a acreditar em si mesmas e de que a escrita está acessível a todos – sim, porque a nossa língua é complexa e, muitas vezes, impede de escrever quem não a domina.
Se engavetar histórias nunca fez sentido antes, como dizia o professor, que dirá agora?! Também não faria sentido ensinar alguém a escrever e não possibilitar-lhe a divulgação dos textos, embora isso não seja uma obrigatoriedade.
Linhas Livres é este canal facilitador, mas também a materialização de um sonho audacioso. Da distribuição da voz autoral, da disseminação de conhecimento, de possibilidades e (por que não?) um caminho para a transformação pessoal e social.
Tem sido desafiador, confesso. Vez ou outra coloco em xeque minha nova paixão, a capacidade de ensinar. Isso acontece quando recebo um texto escrito pelas entranhas, escarrado com violência, despido do medo.
Textos que me incomodam e me emocionam, simultaneamente, devido tamanha liberdade; me fazendo duvidar da minha própria maturidade em lidar com o que está exposto, à base voraz de unhas e dentes.
Por isso até, na prática, você verá, este blogue é (e será) composto também por linhas mal traçadas, cheias de nós e variantes. Rascunhadas com incertezas e que outrora foram apagadas pelas dúvidas dos medos.
Mas que estão sendo reescritas pela esperança. Linhas estas, no melhor do significado, que atam, unem, conduzem e transformam quem lê e quem escreve. São letras, palavras e frases que juntas dão vida às narrativas e sentido às jornadas. (Prepare-se para lê-las em breve.)
Esse esmero textual sinaliza terra fértil às possibilidades de transformação. É nisso que me apego. Afinal, se eu não acreditar, se você não acreditar, quem acreditará? Bem, felizmente estamos aqui, eu escrevendo e você lendo. Já somos dois!
Mas é preciso ser justa, somos mais. Lembra-se? Ninguém sonha um sonho sozinho.Tenho muito a agradecer, muitos a agradecer. Você nem imagina quantas pessoas ajudaram esse projeto nascer. (Saibam todos, carrego-os comigo, dentro do coração e desejo-lhes o melhor.)
Mas agradeço especialmente a você que me lê, que nos lê e lerá. Afinal, de nada vale uma boa história se ela não for contada. E não dá para contá-la se não tiver quem a leia ou a escute.
Então, seja muito bem-vindo.
Mas antes de tudo,
Gratidão!
"O mundo é salvo todos os dias por pequenos gestos. Diminutos, invisíveis. O mundo é salvo pelo avesso da importância. Pelo antônimo da evidência. O mundo é salvo por um olhar. Que envolve e afaga. Abarca. Resgata. Reconhece. Salva." - Eliane Brum
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Leila Gapy
é jornalista por formação, encantadora de memórias por vocação e professora, sua nova paixão. Idealizadora deste blogue, é especialista em Jornalismo Literário e mestre em Comunicação e Cultura. Pesquisa texto artístico seriado e ama ler histórias reais. Tem 37 anos, é casada com Alessandro e juntos têm uma filha, Catarina, sua inspiração. Foto: San Paiva | Fotopoesia
Leila também escreveu:
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Ah, esse caminho me trás tantas recordações! Leila, desejo tudo de melhor em sua vida pessoal e profissional, que esse sonho seja somente uma parte de todos que estão por vir. Sucesso absoluto!