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BRUNA CARDOZO!

  • Foto do escritor: Lilis | Linhas Livres
    Lilis | Linhas Livres
  • 1 de out. de 2018
  • 5 min de leitura

Atualizado: 2 de out. de 2018


Fotos San Paiva


Nasci na maternidade da Santa Casa de São Paulo em 1993. Cheguei pesando 3,750kg e 52cm. Minha avó gostava da Paloma Duarte porque a atriz fazia uma personagem que estava tendo um bebe justamente na novela favorita dela. Mas minha mãe queria que eu me chamasse Bruna. Na indecisão, deixaram os dois. Bruna Paloma assim ficou. A família festejou, no cartório registrou e meu pai apenas o sobrenome agregou.


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O tempo passou rápido demais. Apenas três anos depois chegou o irmãozinho que eu tanto queria. Por essa razão, e também porque eu tinha problemas de saúde, meus pais decidiram mudar de cidade, acreditando que em Sorocaba (SP) o acesso a recursos seria mais fácil do que em São Paulo, capital. Nos mudamos e a vida começou do zero, com ambos desempregados.


Mas com muita luta e determinação, a vida foi se firmando e as coisas começaram a caminhar. Três anos mais tarde, um outro irmãozinho chegou. E assim ficou, uma família de cinco pessoas: pai, mãe, eu e dois irmãos. Confesso que, por ser a mais velha, a chegada dos meus irmãos me obrigou a amadurecer precocemente. Aos 9 anos de idade eu já era uma garotinha independente.

Sabia tomar conta não só de mim, mas dos meus irmãos também. Tocava a casa tão bem quanto minha mãe. Cuidava das refeições, ainda que de maneira meio desajeitada, mas fazia direitinho e com carinho. Tratava das crianças, banhos e cuidados nunca deixei faltar. A limpeza da casa eu já tirava de letra. Troquei os brinquedinhos de madeira, aqueles, de mentirinha, por vassouras, rodos e panelas de verdade.


Por causa disso, minha infância passou rapidamente. Vagamente me lembro das vezes que pude ficar brincando com as demais crianças da vila. Sair na rua era apenas sob a presença dos meus pais - e só um pouquinho. Isso favoreceu para que minhas lembranças da infância não sejam as melhores. Sou de uma família pobre, que sobreviveu sempre com o básico.


Então cresci também vendo meus pais nos sustentando com muito pouco e, em algumas oportunidades, vivemos momentos de não termos comida para todos. Mas nada disso nos fez abaixar as cabeças, ao contrário, nos fez mais fortes, me fez mais forte. Demorou um pouco até as coisas se acertarem, é verdade. Mas quando meu pai e minha mãe se firmaram no emprego, as coisas começaram de fato fluir melhor.


Mas nem assim vivemos com abundância. Sempre foi com muita simplicidade e humildade. E talvez seja por esta, dentre tantas outras razões, que me fez crescer assim, essa pessoa que vive apenas com o essencial. Sempre estudei em escola pública, nunca fui o tipo de aluna exemplar, tenho déficit de atenção, o que acaba por implicando com meu aprendizado.


Demorou um pouco para conseguir assimilar certas coisas e às vezes nem chego a conseguir. Tenho muita dificuldade com matemática, mas sou boa com as palavras e sempre gostei do português. Mas isso não quer dizer que eu seja boa no português! (risos). Nas horas livres sou apaixonada por leitura, amo sentar e desfrutar de um bom livro. Sou apaixonada por animais e meu sonho é ter uma coruja. Ah, e falando em coruja, não tem como deixar de dizer que sou uma Potterhead (fã de Harry Potter, da J. K. Rowling).


A verdade é que sempre gostei mesmo é de educação física, sou uma pessoa muito agitada, então tudo que faça com que eu me movimente é sempre algo que eu consigo exercer com mais êxito. Gosto de praticar atividades físicas. Tenho o hábito de andar de patins e sair com os amigos é algo que eu não dispenso nunca.


Porém, um dos meus passatempos favorito é a culinária, comer e cozinhar, e como moro sozinha, sempre invento coisas gostosas para comer. Tenho gostos peculiares, não sou muito fã de carne vermelha, mas amo fígado de boi e coração de galinha. Sou apaixonada por massas, strogonoff de frango, coxinha e tudo que possa ser feito com batata. Meu suco favorito é o de laranja. Mas troco facilmente por um copão de maracujá com couve ou até mesmo laranja com beterraba. Já quando o assunto é doce, amo chocolate e, sim, sou chocólatra!


Nas tarefas de casa, não há nada que me deixe mais irritada do que ter que passar roupa. Odeio! As demais tarefas, tiro de letra. Mas também amo aventuras e viajar. Sou motociclista e amo andar com minha motinha. Vou com ela para todo canto. E apesar de ter incontáveis motivos para ser uma pessoa amargurada, sem amor, sem carinho e compaixão pelo próximo, eu escolhi ser diferente e fazer a diferença.

Esse caminho que percorri me fez buscar empoderamento, para que conseguisse sonhar e lutar por mim mesma de forma saudável. Então hoje, posso dizer que sou feminista, multiplicadora de coisas boas. Felizmente as dificuldades que passei não me fizeram perder o amor ao próximo. Sou defensora dos oprimidos, luto sempre pela igualdade, respeito, união e amor entre a sociedade.


Aprendi, com muito custo, a não me esconder mais, então sou sincera. Exponho tudo que penso, sempre muito bem esclarecida quanto ao que quero. Sou católica, acredito no Deus que sirvo e carrego na pele – uma tatuagem em louvor de Nossa Senhora Aparecida, Mãe do meu Senhor e a quem sou devota. Corintiana de coração, sou morena do sorriso largo, do abraço apertado e das conversas demoradas e, sem falsa modéstia, dona de uma simpatia única, confesso!


Então, aos 25 anos de idade, sou formada em Serviço Social e Promotora Legal Popular (PLP), uma jovem cheia de energia para viver todos os sonhos que ainda almejo realizar.

*

“Agora ela tem alma de pipa avoada e coração de Marguerita gelada, corpo de Patrícia, mente da quebrada, um dia foi amada, mas não adiantou nada. Descreve ser feliz, mas com outro gosto, a melhor maquiagem é o sorriso no rosto, e ela vai com o seu jeito que ninguém entende mas deseja tê-la, mas almeja tê-la [...] Ela namora a lucidez. [...] Tudo mudou e ela disse que coração não tem dono, te deixar triste é preciso bem mais que abandono [...] e prefere ficar só, mas não sem ninguém, disse que o amor já foi melhor, hoje o melhor é viver bem”. – Tribo da Periferia Alma de Pipa


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Bruna Cardozo 


Tem 25 anos, é formada em Serviço Social, namora e é independente. É cheia de inquietações, está em constante transformação e construção. Feminista assumida, vê no amor ao próximo sua fonte de energia para lutar pela igualdade social. Apaixonada por aventuras, viagens e tudo que lhe tire da rotina. Gosta de organização e planejamento. É sonhadora e tem nos amigos sua melhor companhia.


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