ELIANE TEIXEIRA!
- Lilis | Linhas Livres
- 1 de out. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 2 de out. de 2018
Fotos San Paiva
Nasci em Americana (SP) no dia 11 de fevereiro de 1976. Sou a oitava filha de nove irmãos, sendo que dois deles faleceram quando ainda eram bebês. Vivi minha infância de forma modesta, longe da tecnologia e sem nenhum recurso de infraestrutura básica, como energia elétrica, água encanada e rede de esgoto. Eu, minha mãe e irmãos morávamos no sítio do meu avô materno, no interior do oeste paulista, em Adamantina.

A casa era de madeira com frestas que nos possibilitavam enxergar lá fora, o quintal. O telhado era de barro, o piso de terra batida, a mobilha era simples, com fogão à lenha, colchão de palha, travesseiro de pena de galinha e cobertores criados com roupas velhas que minha mãe emendava para nos aquecer do frio. Apesar da dificuldade financeira, minha infância foi boa e divertida, cheia de emoção!
A natureza sempre me convidou a brincar, por vezes com seu próprio recurso. Sentia a natureza viva dentro do meu ser ao poder correr livremente pelos pastos verdes e estradas de terra batida. Sentia o sol escaldante que me deixava com a pele bronzeada e cabelos sapecados. O vento forte que batia em meu rosto era sentido levemente no esvoaçar dos meus cabelos, fazendo-me sentir aquele frescor gostoso da liberdade.
Os banhos nos rios, as pedras jogadas dentro dos lagos - só para ouvir aquele som de ploft -, e os meus gritos incessantes que desafiavam a física, realizados só para que pudesse ouvir o eco da minha voz ao longe - e que alimentavam minha imaginação com a impressão de que alguém me respondia. Ao saborear frutas sob seus pés, ainda hoje me traz recordações de uma infância inocente, com sabor de felicidade.
Aos 12 anos fui morar com uma tia paterna em Presidente Prudente (SP). Distante da minha mãe e irmãos sentia a dor da saudade e do peso da responsabilidade em ter de trabalhar de babá durante o dia e estudar à noite. De certa forma acho que essa vida me possibilitou ingressar na graduação de Serviço Social, pela faculdade Toledo, de Presidente Prudente.
Neste período da faculdade vivi um grande conflito interno, pelas identificações sentidas e compreensão das desigualdades sociais da realidade que vivemos. Mas consegui me formar em 2005. Felizmente, isso não me tirou a alegria. Prestei concurso público em Sorocaba para Assistente Social no ano seguinte, em 2006. Mas mudei-me para essa cidade que amo e escolhi viver em 2010.
Foi quando iniciei minha carreira como funcionária pública. Atualmente trabalho como Assistente Social no Serviço de Atenção Domiciliar – Melhor em Casa do Governo Federal. É um Serviço que oferece assistência à saúde de forma humanizada no âmbito da residência dos munícipes restrito ao leito. Faço parte de uma Equipe Multidisciplinar e confesso que sou apaixonada pela minha profissão.
Tenho grande encantamento pela vida. Nestes 42 anos bem vividos, confesso, posso dizer que estar casada há 15 anos e ter Maria Julia, uma criança de 7 anos que é o amor mais lindo da minha vida, são duas vitórias. Meu pai foi um grande construtor de
imóveis. Infelizmente não me ensinou a amá-lo e me privou de sua convivência. Mas minha mãe, dona de casa, mulher de espírito manso e amoroso, enfrentou uma maratona de batalhas na vida, tornando-se guerreira por merecimento.
Ela me ama sem medidas e me ensinou a aflorar o verdadeiro sentimento de gratidão pela vida e amor pelas pessoas. Por conta disso, sou encantada com a minha mãe, por tudo que é colorido, pela natureza, pelos cantos dos pássaros, por música, por meditar e, é claro, fazer ritmos. Gosto muito de ler e isso me ajudou muito a ter a tranquilidade que sinto em viver e dar assistência.
Considero-me bem humorada, expresso sentimentos, porém reservada, sou observadora e simpática. Procuro desenvolver capacidades humanas, principalmente em ser amorosa, responsável, dedicada, organizada, sincera e solidária. E a frase que mais acredito, que tenho como meu lema é que “só o amor pode mudar e transformar”!
***

Eliane Teixeira
Tem 42 anos, é casada e tem uma filha. Tem na família seu maior bem, onde se sente amada e segura. Mas também é apaixonada pela profissão. É assistente social, especialista em Políticas Sociais e Processos de Gestão, com 13 anos de experiência. Atua numa equipe multidisciplinar no Serviço de Atenção Domiciliar – Melhor em Casa, do governo federal, que oferece assistência domiciliar à saúde aos pacientes restritos ao leito. Sensível e alegre, é dona de riso fácil e olhar amoroso. Adora borboletas, pois lhe trazem sensação de liberdade, e flores coloridas, que lhes lembram da beleza do mundo. É uma pessoa grata pela vida.
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