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ISABEL ROSADO!

  • Foto do escritor: Lilis | Linhas Livres
    Lilis | Linhas Livres
  • 8 de jan. de 2019
  • 4 min de leitura

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A curiosidade nasceu comigo. Aprender a escutar as histórias e passa-las adiante sempre foi mais fácil do que escrever a minha própria. Eu tenho 21 anos de idade e me sinto ainda no começo de tudo. As minhas melhores lembranças são da infância. Me fascinava ler tudo que tinha ao meu alcance.


Meus pais, Taise e Roberto, sempre foram grandes companheiros, nos compravam, para mim e meus irmãos, pequenos livros sobre histórias da Bíblia. Depois de lê-los, me deixavam falar sobre elas durante horas, isso me realizava. Mudávamos de casa com frequência quando eu era pequena, buscando sempre um melhor lugar para vivermos, com isso conheci diversos locais e pessoas com o coração grande, que nos passaram lições de vida valiosas.


Nasci em São Paulo, capital, e com três anos fui morar em Tupã, no interior. Lembro-me que morava em uma chácara muito grande. Cresci em um lugar que era digno para cenário de filme, cheio de árvores, com frutas tropicais e mato para todos os lados. Animais e natureza faziam parte do meu dia a dia. Amava criar aventuras e nadar na piscina de uma amiga que era nossa vizinha.


Cresci no calor escaldante e vivíamos com os pés no chão. Era simples, mas cheio de amor, com toda certeza. Quando chovia, todas as crianças saiam correndo para se esbaldar na lama e nas poças de água que se formava nas ruas. Recordo-me até hoje do cheiro de terra molhada. Meu avô veio morar na nossa chácara naquela época, ele ficou conosco por um ano, para poder cuidar da saúde.


Ele sempre foi muito carinhoso e atencioso conosco também, acordava bem cedo e gostava muito de um bom café. Costumava sentar em uma rede, embaixo das árvores e contar histórias para mim, meus irmãos e meus amigos. Ficávamos horas, às vezes, rindo, todos sentados em volta da rede escutando atentamente seus contos. Assim nasceu meu amor pelas histórias.


Quando eu tinha 12 anos, nos mudamos novamente, desta vez para Boituva, ainda no interior paulista, onde vivemos atualmente. Buscamos sempre um refresco de vida nova, um lugar pra encostar a cabeça e respirar. Nunca tivemos muita largueza, tudo sempre foi difícil para ser conquistado, mas nunca nos faltou nada. Constantemente nos agarramos à fé, um dos elementos principais que norteia a minha vida.


Meus pais sempre foram meu ponto de equilíbrio, em tudo. Como muitas adolescentes, tive meus momentos de rebeldia. Porém, foi nesse período turbulento, quando nossa cabeça está a mil, que fui tomando decisões das quais me trouxeram até o jornalismo. Entrei em um curso superior errado, tentei fazer Comércio Exterior, já que sempre tive o desejo de conhecer o mundo.


Então imaginei que esse curso poderia me proporcionar uma boa vida financeira e a oportunidade de conhecer lugares. Insisti em fazê-lo por um tempo, até quando percebi que não era essa profissão que me esperava no futuro. Quando entrei em comunicação social, senti que finalmente estava no lugar certo, afinal posso conhecer o mundo e fazer algo melhor por ele ao mesmo tempo, posso dar voz àqueles que não a possuem e aprender com grandes histórias.


Minha mãe me fez arrumar o meu primeiro emprego aos 15 anos. Eu vivia pedindo as coisas e naquela época queria muito um celular e ela não tinha como me dar, então arregacei as mangas e consegui comprar o eletrônico pela Internet, quando ele chegou em casa, pulava de tanta felicidade, foi minha primeira conquista. Esses pequenos atos me ensinaram a lidar com responsabilidades, me fazendo amadurecer cedo e a enxergar a vida como gente grande.


Apesar disso, não tenho nada para reclamar sobre a vida que tive e tenho. Possuo a sorte de ter muitos irmãos, o que me permitiu um maior repertório para tomada de algumas decisões, uma convivência livre e companheiros que criei para a vida toda. O Richard é o mais velho, que me deu um lindo sobrinho; o Roberto é apenas dois anos mais velho do que eu e o Daniel, o mais novo. Possuo mais três irmãos por parte de pai que moram em São Paulo, a Carol, o Rafael e a Stefany, os quais me deram outras três sobrinhas lindas.


Mas o mundo encantado das histórias prosseguiu me acompanhando durante a minha vida toda. Filmes, livros e séries são as minhas paixões. Ficção, guerra e romance são meus preferidos. A família para mim é tudo, o meu alicerce. A fé está comigo nos momentos mais difíceis e naqueles de alegria.


A facilidade para se escrever com certeza não nasce com a gente. É por meio da vivência e de como aperfeiçoamos a leitura é que começamos a aprender a contar histórias. Esse é o maior papel de um comunicador, saber ouvir e enxergar tudo com um olhar diferente. Atualmente não tenho nenhuma resposta do que me espera para o futuro, é algo que ainda estou construindo. Tenho grandes sonhos, como todo escritor, mas ainda estão sendo moldados.


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Isabel Rosado


Almeja grandes feitos. Possui uma lista de deveres a cumprir durante a vida. Ajudar aos outros e aos animais são coisas essenciais. Sem muitas decisões por enquanto. Criando sonhos e tentando realizar as ideias mais loucas. Isabel Alves Rosado, futura Jornalista, com alma de viajante.


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