MAÍRA ALVES
- Lilis | Linhas Livres
- 12 de fev. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de set. de 2018
Fotos San Paiva | Fotopoesia

Olá, eu sou Maíra, nasci dia 6 de fevereiro de 1998, na cidade de Belém, no Pará. Meu nome foi escolhido pelo meu pai que, quando conheceu minha mãe, ainda era frei franciscano e vivia em contato com pessoas e lugares diferentes. Maíra era o nome de um lugar que ele conheceu durante essa época e que ficava na cidade de Santarém, também no Pará. Lá lhe disseram que o nome significava Caminho do Sol e ele gostou tanto que decidiu me nomear assim.
Durante anos meus pais se confundiram dizendo que meu nome significava caminho para o sol. Foi só quando um amigo de meu pai, em uma visita à nossa casa, explicou que, na realidade, se tratava do Caminho do Sol que o equívoco foi desfeito.
Maíra é aquele rastro de luz que o sol deixa na água ao entardecer. Poesia pura. Mas meu nascimento não foi tão poético assim. Minha mãe sofreu bastante. Ela teve complicações ao me dar à luz e quase morreu.
Por conta desse trauma, meu pai e meus avós, que são de Sorocaba (SP) e viajaram até Belém para nos conhecer, decidiram que seria melhor que nos mudássemos para a cidade natal do meu pai. Minha primeira viagem de avião ocorreu quando eu tinha apenas quatro meses. E depois dessa vieram muitas outras. Longas viagens até a cidade onde nasci, mas de onde não herdei nem os traços, nem o sotaque gostoso de ouvir. E quando fiquei mais velha, viajei ainda mais longe - mas isto é assunto para outro texto.
Eu fui para a escola mais tarde que a maioria das crianças da minha idade, que ingressavam ainda bebês de colo. Para ser mais exata, entrei na escola com quatro anos. Tudo que eu aprendi antes, aprendi em casa, com meus pais. Eu tinha facilidade para aprender. E isso me rendeu uma série de problemas na escola. Sozinha na maior parte do tempo, comecei a perceber que eu podia ser muito criativa. Criava histórias e brinquedos a partir de nada.
Dava o meu melhor para que as coisas ruins ficassem de lado. Foi então que a escrita me surgiu. Ela veio na escola ainda, por meio de aulas de redação. Eu ia tão bem que chegaram até a me inscrever em um concurso. Infelizmente não o venci, mas nem por isso deixei a escrita para trás. É bem verdade que no Ensino Médio as coisas mudaram, e minhas redações nunca ficavam entre as melhores, mas acho que é porque eu gosto demais de escrever livre e a escrita de vestibular é amarrada e cheia de regras.
Reencontrei a escrita recentemente, na metade do curso de Psicologia, quase por acaso, num curso de Extensão Universitária. Ela nunca me deixou, a bem da verdade, mas é que a perdi um pouco no meio das normas dos textos acadêmicos. Queria reencontrá-la livre, como já disse, e aconteceu.
Atualmente escrevo por puro prazer. Tenho um punhado de folhas de fichário dobradas nas quais escrevi poemas miúdos durante as aulas do Ensino Médio. Tenho histórias inacabadas salvas em meu computador, textos e mais textos na cabeça e em alguns papéis e arquivos espalhados por entre as minhas coisas. Gosto de escrever sobre a vida, sobre os sentimentos, sobre as pequenas alegrias e sobre aquilo que ninguém nunca quer escrever.
E sobre ser grata por cada uma dessas coisas. Porque, no fim das contas, qual é a graça da vida senão vivê-la em seus altos e baixos, não é mesmo?
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Maíra Alves
Belenense de nascença e sorocabana de coração, Maíra carrega a poesia no nome. Transforma coisas boas em palavras, coisas ruins em versos e escreve o que a fala não é capaz de expressar. Com 20 anos, é estudante de Psicologia e tem como motivação para seus textos as alegrias e desafios da vida.
Maíra também escreveu:
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