MIRIÃ ALMEIDA
- Lilis | Linhas Livres
- 23 de mar. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de set. de 2018
Fotos Pâmela Ramos
Falar de si é sempre complicado, pelo menos para mim. Sempre fui observadora e tentava adivinhar a vida das pessoas, seja na padaria, mercado ou até mesmo na sala de espera de um consultório. Houve épocas da minha infância em que andava com um caderninho só para anotar minhas suposições e, a partir delas, comecei a criar crônicas fictícias.
Mas quando é para falar de mim, eu travo. Não sei por onde começar ou sobre o que falar, afinal, o que é importante saber sobre uma pessoa? O que vai te marcar? Vou começar então pelo básico, sou a Miriã, não a Mirian, Maria ou a Miriah, eu sou a Miriã, com aquela cobrinha em cima do A mesmo. Tenho 20 anos e, acredite, já sou casada. Aliás, considero um dos melhores fatos ocorridos em minha vida.
Sou casada com um rapaz maravilhoso, digo rapaz porque ele é tão jovem quanto eu, mas como dizia, maravilhoso, pois me ajuda a cada dia a ser um pouco melhor. E juntos estamos crescendo e aprendendo nesse mundo que é tão difícil.
Fruto de um casal incrível, sou filha única. Porém tenho meus irmãos de consideração: a Nina, uma Rotweiler destemida e mandona, Belly, de raça indefinida e eufórica, e o Frederico, o quase Maine Coon mais lindo do mundo, não comentei, mas eu amo gatos. Me aventuro nos estudos de Jornalismo há alguns semestres, me apaixonando pelos momentos preciosos que ele me proporciona e lutando para que as normas não roubem de mim a literalidade.
Me entrego aos estudos como se fossem meu refúgio, passo dias e noites buscando mais e mais. Apesar de amar o jornalismo, trabalho numa empresa todo dia das 8h às 18h no setor administrativo, financeiro e fiscal, me especializando em uma área, até então, nova e inimaginável pra mim, mas tirando proveito de cada aprendizado.
Talvez para alguns essa informação seja um pouco fútil, mas eu sou libriana. Não acredito completamente em horóscopos, mas não posso negar as características do zodíaco que me completam. Sou indecisa, já fui mais, confesso, mas ainda sou e, antes de tomar qualquer decisão, avalio as variantes mais de três vezes. Prezo pela paz geral e busco sempre encontrar meios em que todos fiquem bem, até mesmo se eu não estiver bem.
Acredito na humanidade com todas as minhas forças, acredito na ética e na moral e que todas as pessoas possam fazer o bem. Mas me entristeço toda vez que a maldade se supera.
Uma vez uma pessoa me disse uma frase que me marcou muito. “Esse mundinho azul que você vive não existe, as pessoas são más, é assim que a vida é”. Passei muitos anos remoendo essa frase, principalmente quando tentava tomar boas atitudes e só levava o pior, então eu decidi esquecer o tal mundinho azul.
Em pleno 2018, com tantas tragédias e injustiças, meu esposo me colocou a frente a uma situação complicada, me fez pensar em mais umas dessas notícias trágicas e eu me posicionei positivamente. Sorrindo, ele me olhou e disse: “sabia que seu mundinho azul ainda existia”.
Quero trazer esse mundo azul, rosa, roxo, branco e preto pra esse blogue, quero poder escrever aqui todas as dores, alegrias e aprendizados que essas 20 primaveras me proporcionaram. Quero escrever porque dentro de mim os pensamentos se exaltam, se congestionam, se borbulham como um vulcão.
Perdoem-me o modo, mas quero vomitar todas as vivências guardadas, expor todas as cicatrizes e estampar todo o meu crescimento pessoal, assim como tudo que ainda hei de viver.
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Miriã Almeida
Dona do mundinho azul, lutando todos os dias com seus próprios leões. Ela é da paz e pela paz. Futura jornalista e, quem sabe, administradora também. Corajosa por acreditar no amor e medrosa para filmes de terror. Coragens absurdas, medos ingênuos. Não há nada que a impeça de acreditar, a não ser ela mesma, mas pode ter fé, um dia ela chega lá. Lá? Aonde? Aonde ela quiser chegar.
Miriã também escreveu:
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