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NEOLI XAVIER

  • Foto do escritor: Lilis | Linhas Livres
    Lilis | Linhas Livres
  • 5 de jan. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de set. de 2018


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Hoje tive um sonho. O mundo girava e eu corria para alcançar. Nessa roda percorrida, encontrava, num lampejo, todos os momentos marcantes de minha vida, desde a infância. Mas não parecia que eu estava lá. Era como se eu fosse apenas uma observadora da situação. Fiquei pensando e perguntando-me se aconteceu mesmo ou foi só um devaneio. Ou será que agora estou sonhando com o que ainda não foi e talvez nunca seja?


Sou Erneolí, mais conhecida como Neoli, filha de Arnaldo Pinto e Maria Ana, sou mulher, casada, com duas filhas - Ana Clara, hoje com 19 anos, e Ana Tereza, com 15 anos -, que são as pessoas mais importantes para mim. O meu nome foi dado por meu pai e é resultado da união dos nomes de minhas avós. Erne de Ernestina, mãe de meu pai, e Oli de Olívia, mãe de minha mãe.

Meu início na escola deu-se de forma peculiar. Eu morava num bairro rural de Itu (SP), a vila dos funcionários de uma colônia de leprosos chamada Pirapitingui, e eu via os alunos viajarem para estudar na área urbana, eu ficava observando a saída e a chegada deles e chorava muito, pois queria ir com eles também. Então, usava a desculpa para minha mãe de que eu já sabia ler e escrever e queria muito recordar como era.


Assim, em certo dia, nossa vizinha que era professora do primeiro ano primário resolveu levar-me com ela e avisou a diretora da escola que eu não tinha onde ficar enquanto minha mãe trabalhava. Dessa forma, comecei a fazer as lições igual aos outros alunos. Como tive um ótimo aproveitamento, no final do ano, a diretora achou por bem regularizar a minha situação e passar-me para o segundo ano.


Sempre estudei em escola pública, até a antiga 8ª série em colégio estadual, e o Ensino Médio, antigo colegial, fiz profissionalizante, técnico em Química no colégio municipal. Aos 15 anos de idade, perdi o meu pai com um infarto fulminante, aquele que não manda aviso-prévio. Assim, a vida mudou drasticamente. Não foi possível continuar com o mesmo padrão financeiro de vida, que dirá emocional.

Foi então que para fazer cursos complementares eu ajudava minha tia com os afazeres domésticos e, em troca, ela pagava meus cursos. Eu tinha sonhado desde muito pequena fazer faculdade de Medicina. Mas com as reviravoltas da vida, isso não foi possível. Então, resolvi dar uma parada nos estudos a fim de redirecionar meu caminho. Foi por isso que ingressei cedo no mercado de trabalho. Como não tinha nenhuma qualificação especializada, comecei a trabalhar no que sabia fazer, atender, como balconista de loja.


Aquele mundo era bem diferente do mundo de uma estudante que se preparava para o vestibular de Medicina. Mas depois de pouco tempo comecei a trabalhar no escritório de uma concessionária de veículos. Foi bom, não precisava trabalhar aos sábados, o salário era maior do que recebia anteriormente e o ambiente de trabalho era bem mais confortável que o balcão. Naquela empresa, fui-me interessando por aprender outras atividades. Foi assim que descobri que tinha muita afinidade com o trabalho em Recursos Humanos.


Nessa altura da vida, eu já tinha meus vinte e alguns anos de idade e ainda nutria grandemente o desejo de formação no curso superior. Levando em consideração a minha afinidade, prestei o vestibular para o curso de Administração de Empresas. Depois, consegui especializar-me em RH, profissão na qual fui muito bem sucedida e realizada, felizmente.


Paralelamente a tudo isso, conheci e apaixonei-me à primeira vista por aquele que hoje é meu marido, Carlos Eduardo Xavier. Essa é uma linda história de amor que contarei brevemente. Casamo-nos e temos uma convivência de parceria e evolução mútua até hoje. Minha querida mãe faleceu pouco antes de eu me formar na faculdade, foi um momento muito triste na minha vida, mas eu levo em meu coração a certeza de que ela está em paz e feliz, ao lado daquele que foi o grande amor da vida dela.

Voltando aos meus sonhos e devaneios, certamente que passei por tudo isso e guardo a certeza de que os momentos passam todos, sejam eles belos ou feios; alegres ou tristes. E fica a felicidade de uma vida com muitas histórias para contar e reverenciar. Como espero fazer aqui!


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Confira também, pela mesma autora:


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Neoli Xavier


Mulher, casada e mãe de duas filhas, as pessoas mais importantes de sua vida. Seu nome é Erneoli, uma homenagem às avós. Ernestina, avó paterna, e Olívia, materna. É administradora especialista em Recursos Humanos, com experiência profissional de mais de vinte anos. Depois da maternidade, o amor incondicional pela família levou-a ser mãe em período integral. Curiosa e sensível, adora pessoas e histórias. Aqui, pretende escrever sobre o que vive e sente.

Neoli também escreveu:


*Curta nossa página e fique sabendo! *Conheça os demais autores aqui! (#neolixavier #erneoli #autoperfil #linhaslivresblogue)

2 Comments


mariacervekow
Mar 16, 2018

Cada um tem uma história que nos encanta e memórias lindas, que jamais serão esquecidas. Parabéns minha colega de curso, amei ter conhecido vc, e a sua família. Agora vc sempre fará parte das minhas memórias, também! Desejo tudo de melhor a vc e sua família. Beijao

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Lilia.C
Lilia.C
Feb 01, 2018

Adorei... Parabens!

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Linhas Livres, carinhosamente apelidado de Lilis, é um blogue de textos feitos por estudantes, profissionais e interessados na arte da escrita. Um canal onde contam histórias, organizam memórias, soltam a imaginação e, assim, tornam-se narrativas. 

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