PÂMELA RAMOS
- Lilis | Linhas Livres
- 12 de fev. de 2018
- 4 min de leitura
Atualizado: 19 de set. de 2018
Fotos San Paiva | Fotopoesia

Quem me conhece diz que a cada época estou diferente e parte disso é verdade, gosto de mudanças, viver da mesma forma o tempo todo é cansativo. Mas dentre as várias versões de mim mesma, a que sou na maior parte do tempo é a jovem autêntica. Sou uma garota, já então mulher, de 19 anos, estudante de Jornalismo, filha de pais incríveis - que sempre estão ao meu lado, não importa o que aconteça -, Nelson e Shirley, irmã mais nova do Willian - oito anos mais velho, mas meu melhor amigo, com quem compartilho histórias e aventuras.
Nasci e cresci em Sorocaba (SP), tive uma infância recheada de diversão que me rendem boas lembranças. Na rua onde moro, todas as crianças nascidas no final da década de 1990, como eu, brincavam de pique-esconde, pega-pega e futebol, entre outras brincadeiras. Os dias eram agitados e os vizinhos estavam acostumados com a bagunça, assim eram todos os dias. As férias da escola eu passava em Itapetininga (SP), cidade vizinha, onde está parte das minhas raízes. Na verdade toda a minha família, pois é a cidade onde meus pais nasceram.
Cresci passando as férias com os pés sujos de terra vermelha, brincando pelos arredores do sítio de meus avós durante o dia e pela noite, como todos, me aquecia em volta do fogão à lenha, enquanto meu avô tocava violão e cantava moda de viola.
Na escola, participei de teatros, danças e até fiz parte da fanfarra, tocando tambor durante o Ensino Fundamental. Desde cedo eu me envolvia com várias coisas diferentes e ao mesmo tempo, gostava de aprender de tudo. Uma prática, confesso, que carrego até hoje.
Conforme o tempo foi passando, chegou a adolescência, a fase que descrevo como criadora de sonhos, identificação de gostos e personalidade, do despertar a paixão por boy bands e primeiros amores. Sempre fui uma criança que sonhava em conquistar o mundo, mas ao crescer percebi que não era tão simples. Ainda sim, o que mantinha a chama da esperança em realizar grandes coisas era a escrita de diários. Eles eram meus tesouros, que escondia atrás do guarda-roupa para que não corresse o risco de ninguém ler.
Eu escrevia sobre a rotina de amigos e paixões. Era como uma fuga em meio ao caos de sentimentos e pensamentos que me permeavam na época. Eu amava escrever, era como ter todas as chances do universo em minhas mãos com apenas um lápis e papel. Teve uma época que comecei a escrever músicas. Não eram boas, mas eu gostava de rimar e tentar criar algo. A música sempre esteve presente em mim, meu pai tentou me ensinar a tocar violão aos 10 anos, mas só fui ter interesse aos 16, quando comecei a treinar olhando cifras na internet.
Hoje tenho teclado, ukulele e guitarra, isso tudo fora o violão, que antes era do meu pai e acabou se tornando meu. Apesar de nunca ter feito aula e ser bem amadora com todos eles, apenas o fato de tentar tocá-los já alimenta minha essência e me sinto disposta a continuar enfrentando as lutas diárias que a vida impõe no meu caminho. Mas para conhecer um pouco mais sobre mim, não é pelas ações que tenho em prol de mim mesma que forma quem sou, são as pessoas que estão em minha volta que também colaboram com isso.
Desde o Ensino Médio comecei a fazer trabalho voluntário, inicialmente no Jovens Brasileiros em Ação (JBA) – uma iniciativa da Polícia Militar para jovens cidadãos -, no qual participávamos/realizávamos palestras e campanhas nos bairros a fim de ajudar instituições não-governamentais e famílias carentes. O que foi ponte para o Programa Futuro Cientista (PFC) – criado pelo Banco do Brasil em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) -, que me proporcionou uma oportunidade de fazer um cursinho pré-vestibular e, assim, confirmou a minha escolha pela jornalismo.
Hoje atuo como voluntária no Clube Rotaract de Sorocaba – Vergueiro (braço do Rotary Club), onde estou há pouco mais de três meses. Viver ajudando alguém é uma necessidade minha, pois se eu não o fizer, tudo o que eu conquistar não valerá a pena, se ao olhar para trás não ver sorrisos de gratidão por conta de uma simples ação que fez a diferença, não terei realmente participado desta jornada. Posso dizer que sou uma pessoa como todas as outras, que vive constantemente em busca de realizar objetivos e superar as dificuldades, com o otimismo sempre à frente, desistir de algo nunca foi opção.
Sou decidida, corro atrás do que me motiva a ser uma pessoa melhor. Meus sonhos antigos ainda estão guardados comigo, e, a cada dia, a criança que antes gostava de escrever observando o céu na paisagem noturna da varanda, hoje tem a escrita como sua futura profissão e está pela cidade tentando registrar diferentes estilos de vida, acontecimentos e ações que ocorrem a todo tempo. Estudar para mim tem sido meu status social, pois é o que eu tenho feito desde sempre.
Participo de grupos de pesquisa na faculdade, nos quais encontro um pouco de mim em cada um, e faço Iniciação Científica (IC), o que tem sido algo de grande aprendizado e influencia para uma das minhas grandes paixões, a Fotografia. Não me lembro da primeira foto que tirei, mas sim dos momentos que enquadrei, não só em imagens, mas na memória, e é uma das coisas que me motiva a ser uma “caçadora de instantes” por aí no mundo.
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Pâmela Ramos
É um conjunto de histórias e sonhos que tem sua essência na música e na vontade insaciável de registros em textos e imagens. Aspirante à fotógrafa, estudante de Jornalismo, aos 19 anos busca eternizar em palavras o que é invisível ao olhar e à fotografia o que, muitas vezes, não se enxerga. Realiza pesquisa em Fotografia Poética e participa de ações sociais de voluntariado. Portfólio aqui!
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Parabéns Pâmela! Muito sucesso!