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SORRIA, seus cabelos estão sendo cuidados!

  • Foto do escritor: Lilis | Linhas Livres
    Lilis | Linhas Livres
  • 19 de mar. de 2019
  • 7 min de leitura

Por Leila Gapy

Fotos San Paiva, Assessoria de Imprensa e Arquivo Pessoal


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A cabeleireira Renata Leme e a cliente, a pedagoga Luana Gineis

“Perdi a conta de quantas vezes me senti feia e desvalorizada, de me olhar no espelho e não gostar do que via. Ter outra pessoa cuidando dos meus cabelos, pra mim, é investimento de vida, eleva a autoestima e me motiva a me cuidar”. A afirmação é da coordenadora pedagógica Luana Marina Gineis, que há 5 anos se entrega “cegamente”, como diz, aos cuidados da cabeleireira Renata Leme. Uma relação de confiança que resulta sempre no bem-estar de Luana, garantem ambas. Está certo que vivemos numa sociedade que culturalmente valoriza o visual bem-cuidado, potencializado pela indústria dos cosméticos. Mas você sabia que, cientificamente, cuidar dos cabelos faz bem à saúde física e mental?


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A dermatologista Christiane Radaic

De acordo com a médica dermatologista Christiane Radaic, atuante há 23 anos, o estresse é o principal causador de danos aos cabelos na atualidade; e os cabelos, por sua vez, são os principais sinalizadores do estado da saúde do corpo. Segundo ela, para funcionamento regular do sistema imunológico e, por consequência, para a saúde dos cabelos, o corpo humano necessita de Zinco, mineral presente principalmente nas carnes. Porém, as reações bioquímicas, oriundas do estresse, promovem o consumo elevado desse mineral, causando a deficiência no organismo e, assim, a quebra, afinamento ou queda exacerbada dos fios, às vezes, alcançando a calvície, que é mais visível nos homens, mas também ocorre em mulheres.


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A psicóloga Patrícia Castilho

A psicóloga clínica Patrícia Castilho, endossa. “Nossa relação com os cabelos está associada não só com a autoestima, mas com a identidade e a personalidade. E essa identidade começa a ser formada a partir do primeiro contato com o mundo externo, ou seja, no parto”, garante. Obviamente que, segundo ela, o significado dos cabelos para o individuo também depende das relações sociais e culturais por ele estabelecidas. “Os cabelos são um adorno que compõe a identidade física, como digital, única. Então, no geral, cuidar deles significa autoestima elevada, porque você está cuidando de si mesmo. E esse cuidado fomenta a autoestima, é um ciclo”, ensina.


Gabriela Batista Ribeiro, de 23 anos, ainda lembra do dia que entrou deprimida no salão de Renata Leme e saiu de lá se sentindo “maravilhosa”, como diz. Por uma série de motivos, comenta, estava triste, mas depois de conhecer a cabeleireira e sentir segurança, permitiu-a os cuidados e quis radicalizar. “Meu cabelo estava descuidado e frágil, mas eu queria colorir, mudar. Queria azul, não foi possível, devido o estado. Mas adorei o vermelho, isso me animou em todos os sentidos”, reforça (foto abaixo). Para Renata, quando ela termina o trabalho e a cliente se vê no espelho, é o momento mais sublime da profissão. “É o desabrochar da flor. O sorriso faz morada e o rosto ilumina o existir. Elas mudam até de postura corporal. É lindo de ver”, observa.



A origem

Não por acaso, os cabelos têm história própria. Eles estão na cabeça devido função protetiva que o couro cabeludo desempenha na principal área do corpo, agindo não só como isolante térmico, mas como inibidor do desgaste local da pele, protegendo o crânio da exposição, diferente das demais partes. Porém, mais que proteção, a partir da Grécia Antiga, o ser humano os enxergou como adorno facial, fazendo com que os primeiros cabeleireiros surgissem. De lá pra cá, o tempo e os povos os ressignificaram. Passando os cabelos a simbolizar riqueza, nobreza, força ou intimidade, pureza e até desapego – quando raspados, por exemplo.


Em simultâneo, a forma de cuida-los também amadureceu. Longos ou curtos, presos ou soltos, cacheados ou lisos, no percurso na significação, os avanços da humanidade possibilitaram a criação da identidade coletiva e individual a partir dos cabelos. A ponto de atualmente serem códigos de comunicação. Como os cuidados estão atrelados à saúde física e mental, para driblar os sentimentos ruins que flagelam o viver contemporâneo, a psicóloga Patrícia afirma que aceita-los é o caminho mais saudável. “Costumo fazer com meus pacientes o exercício de se olharem no espelho. Muitas vezes, isso é doloroso. Mas também é curativo, de aceitação da própria jornada”, pontua Patrícia.


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"Quem não gosta de ser cuidado?", questiona a pedagoga Luana

Luana sabe bem disso. Ela tem consciência de que as madeixas são finas e delicadas. “Eu sei que meu cabelo não tem volume, nunca será volumoso. É libertador entende-lo e aceita-lo”, garante. A dermatologista concorda e diz que “obviamente que a saúde dos cabelos também depende de genética e alimentação. Mas os fatores externos também os afetam, como o estresse ou produtos químicos. Porém, cada um tem um cabelo único, singular. E é preciso aceita-lo, para cuida-lo da forma devida”, afirma Christiane que, acima de tudo, recomenda massagem capilar e lavagem delicada.


“Os cabelos precisam de carinho. A secagem morosa, sem esfregar a toalha, apenas com toque prazeroso no couro ajuda, sim, a mantê-los saudáveis. Isso envia sinais cerebrais de satisfação, potencializando o sentimento de prazer, autoestima e saúde”, ensina. Neste sentido, Luana chama a atenção para a necessidade de localizar e se identificar com profissionais comprometidos, acima de tudo, com o bem-estar do cliente/paciente. “Comecei a pintá-los muito jovem, com 15 anos, então já fiz de tudo. Passei até por erro de cabeleireiro que, certa vez, derreteu meus fios. O profissional é de escolha particular, mas é preciso que entenda seu cabelo, talvez mais do que você mesmo”, opina.


Escovaterapia?

Neste percurso, a pedagoga destaca a relação com a cabeleireira Renata, que de tanto cuidar se seus cabelos e entende-los, tornou-se sua amiga. Ela diz que a profissional sabe dela, do que deseja e do que é possível, antes mesmo que ela exponha. E que obviamente isso também tem relação com o espaço, o atendimento, os custos e até com o papo durante o serviço. Em contrapartida, a cabeleireira, que começou os primeiros trabalhos aos 16 anos e se profissionalizou na maioridade, garante que o desempenho do trabalho capilar só é eficaz quando há casamento entre o conhecimento profissional e científico, com a paixão pelo ofício.


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Renata avaliando os cabelos de uma cliente

O que segundo ela, leva ao desenvolvimento do feeling junto do cliente. “Eu adoro mexer com cabelo. Mas nem sempre o que cliente quer é possível. Demanda a estrutura do cabelo versus as possibilidades, daquilo que é pedido, dar certo”, pontua. Renata recorda que para alcançar a tonalidade azulada tão desejada por Gabriela, por exemplo, era preciso “abrir” drasticamente os fios para a coloração, pois eles continham várias camadas de tinta preta. O que poderia, sem dúvidas, enfraquece-los e quebra-los. A dermatologista concorda, diz que toda aplicação química é uma intervenção séria, se possível, deve ser retardada o maior tempo possível. “Quando eu sei que o cabelo não aguenta o processo, eu não faço. Por exemplo, eu estou abolindo o uso do formol no alisamento. Muitas clientes não entendem. Mas oferto outras possibilidades”, relata a cabeleireira.


Apesar desse posicionamento, ela garante nunca ter perdido um cliente. A psicóloga lembra que esse movimento de aceitação de si e das possibilidades é um trabalho multidisciplinar que, sim, demanda serviços de profissionais sérios e comprometidos, como pontuado pela pedagoga. Patrícia, que é terapeuta da sexualidade humana, lembra que tratou de uma adolescente que demonstrava sinais de obsessão com o padrão de beleza “imposto” pelas indústrias dos cosméticos e midiática. “Era uma busca infinita por um conceito de beleza surreal. Uma visão distorcida de beleza que causava muito sofrimento. Tudo que era modismo, ela queria seguir. Essa influência é perigosa e merece atenção” avisa a profissional.


É por isso que Renata garante que o atendimento é seu “pulo do gato”. “É conversando, primeiramente, para conhecer a pessoa, seu perfil, o histórico da relação com os cabelos e seus anseios, que eu avalio as possibilidades. Às vezes não dá para fazer o que é solicitado, por questão estrutural ou de impacto, mas é possível agradar de outras formas”, garante ela que reforça, “uma boa conversa, uma troca de ideias, faz bem para todo mundo”. Luana, a cliente e amiga, endossa. Diz que a conversa doce e atenciosa da cabeleireira, fazem a diferença. Já a psicóloga destaca que, mais do que procurar um profissional para sanar um problema, é preciso pensar em prevenção.


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A pedagoga Luana Gineis, depois dos cuidados no salão de beleza

“O brasileiro tem a cultura de cuidar do pós. Por exemplo, não precisa ter depressão para procurar um terapeuta. É preciso fazer a prevenção, se conhecer. Se cuidar é um ato de amor, e o ato fomenta o amor próprio”, avalia. Christiane emenda dizendo que o diagnóstico de doenças dermatológicos realmente, além de exames, demanda conversar com o paciente. “Às vezes uma reposição suplementar já ajuda e impede avanços de doenças dermatológicas”, afirma. É por isso que Renata garante ter desenvolvido pacotes para cuidados mensais que têm, como oferta, os descontos. Segundo a cabeleireira, uma forma de prevenir o abandono dos cabelos que, por vezes, ocorrem devido à tripla jornada da mulher brasileira, como a da pedagoga Luana. Aquilo que a gente já sabe!


Serviços


Cabelos

Renata Leme é Renata Angels, cabeleireira e proprietária do salão de beleza Angels Beauty - rua prof. Edemir Antônio Digiampietri, 196 (antiga rua 11), no Júlio de Mesquita Filho – Sorocaba (SP). Whatsapp: (15) 9.9663.7170, Instagram: @reangels


Dermatologia

Christiane Radaic Rocha é dermatologista e proprietária da Clínica Dermatológica Radaic - rua Nicolau Afonso Filho, 465, Santa Rosália - Sorocaba (SP). Whatsapp: (15) 9.8833.7363. Instagram: @drachrisradaic

Psicologia

Patrícia Castilho é psicóloga e terapeuta de sexualidade humana, além de hipnoterapeuta. O consultório fica na rua Clodomiro Paschoal, 47, no Jardim Paulistano - Sorocaba (SP). Whatsapp: (15) 9.9794.0844. Instagram: @patricia.castilho.35


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Leila Gapy

é jornalista por formação, encantadora de memórias por vocação e professora, sua nova paixão. Idealizadora deste blogue,  é especialista em Jornalismo Literário e mestre em Comunicação e Cultura. Pesquisa texto artístico seriado e ama ler histórias reais. Tem 37 anos, é casada com Alessandro e juntos têm uma filha, Catarina, sua inspiração. Foto: San Paiva | Fotopoesia


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