TOM ROCHA
- Lilis | Linhas Livres
- 12 de fev. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de set. de 2018
Fotos Arquivo Pessoal

Meu interesse por leituras começou cedo. Meu avô me ensinou jogar baralho antes de eu aprender a ler e escrever. Antes dos sete anos de idade eu já sabia os números de um a dez, as letras A, Q, J e K. Essa curiosidade continuou com meu pai sempre comprando jornal impresso local da cidade, e eu lendo já moleque.
Prosseguiu com meus tios, que compravam outros jornais impressos nacionais e revistas semanais, e eu lendo todos, quando os encontrava. Interesse que se aprimorou quando descobri o lugar mágico que uma biblioteca na escola é. E mudou para sempre quando descobri um sebo ao lado da escola. Nesta época outros mundos se abriram, como o colorido e doutrinador dos quadrinhos de super-heróis norte-americanos.
Justiceiro, X-Men e Homem-Aranha se tornaram meus amigos. Comecei a adquirir tudo que podia. Numa viagem à praia, achei revistas escondidas na pousada. Era a Chiclete Com Banana, publicação punk fora do convencional, proporcionada pelos cartunistas Laerte e Cia. Descobri que quadrinhos podiam falar de outros assuntos, que podia ser adulto e crítico, sujo e mal-educado. Nunca mais seria o mesmo.
Descobri Conan e os quadrinhos europeus, sempre cheios de questões existencialistas e políticas do Velho Mundo. E descobri que todos os autores dessas obras de quadrinhos consumiam livros para fazer tudo isso que eu gostava. Já estava com meu gosto musical formado pelo rock. Pelo punk, pós-punk, new wave, pelo heavy metal. Todas essas influências me levaram querer juntar esses caminhos, já que aptidão musical para instrumentos era nulo em mim.
Os livros entraram arrombando a porta da frente da minha mente. Música e sua história, seus movimentos e atores principais. De filosofia a geopolítica, de romance policial e histórias de horror, de biografias de bandas a reportagens de assuntos pontuais como sexo, drogas e rock ´n roll. Lia qualquer coisa sobre isso que eu pusesse as mãos.
Comecei a colecionar discos, revistas em quadrinhos, livros e revistas de rock. Quando meu pai adquiriu uma banca de jornais, ficou mais fácil. E de jornaleiro virei jornalista. Duas profissões em vias de mudança drástica por conta do tiroteio que o mercado se encontra, com o dinheiro em uma mão e a informação em outra.
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Tom Rocha
É jornalista há 10 anos e faz reportagens sobre todos os assuntos. Trabalhou em jornais impressos, assessorias de imprensa e televisão. Cobriu desde reclamações de buracos e mato na calçada, homicídios e prisões de quadrilhas criminosa à festivais internacionais de música e a Copa do Mundo do Brasil de 2014. Música, cinema e livros são seus maiores interesses.
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